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IMPRENSA OFICIAL noticias.ms.gov.br Arte: Guilherme Baroli

PIB de MS em 2008 aumentou 6,4% com indústrias puxando a maior taxa de crescimento real CAMPO GRANDE – A elevada taxa de crescimento da indústria garantiu bom desempenho na economia sul-mato-grossense em 2008. O setor apresentou uma taxa anual de 12,41% e confirma o avanço que vem sendo observado por este segmento nas diversas regiões do Estado. A atividade industrial cresce acima da média do somatório do PIB, quando se compara a média anual de crescimento deste setor nos últimos cinco anos, 6,62% a.a., contra 4,10% a.a. no total do Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul no mesmo período. Os dados são do estudo desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac/MS) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Resultados do Projeto Contas Regionais do Brasil, divulgado pelo Instituto no último dia 17. O Produto Interno Bruto de Mato Grosso do Sul cresceu 6,4% no ano de 2008 – último ano disponível – e atingiu uma produção de bens e serviços de R$ 33 bilhões, resultando em um PIB per capita de R$ 14.188,41. Os resultados do estudo evidenciam os diferentes momentos da economia em Mato Grosso do Sul nos últimos seis anos. Uma fase de avanço entre 2002 e 2003, impulsionada principalmente pelo bom comportamento da produção agrícola, seguida de um baixo desempenho em 2004 e 2005, quando o Estado vivenciou um PIB com taxas de 1,28% negativos e 3,30%, respectivamente. Neste período o produto interno bruto da Agricultura foi de 20,97% negativos e menos 1,92%, respectivamente.

A retomada do crescimento acontece no triênio 2006, 2007 e 2008. A economia do Estado volta a acelerar o ritmo de expansão com todos os setores apresentando taxas positivas. O desempenho real médio no PIB sobe para os 5,79% naqueles três anos, com destaque para a atividade industrial que cresceu uma taxa média de 7,61%. O Setor Terciário que congrega as atividades de Comércio e Serviços mantém-se com a maior contribuição, representando 65,76% na formação do PIB/MS em 2008. Em segundo lugar, superando a Agropecuária, vem o Setor Secundário, onde estão os ramos industriais, representando 17,64% do PIB/MS. O Valor Adicionado das atividades agropastoris, produção agrícola e pecuária, que contribuíram em 2008 com 16,60% na formação do PIB de Mato Grosso do Sul, representam o menor valor agregado. Segundo a Semac, a dimensão do Setor Terciário na composição da riqueza estadual reflete o comportamento dos setores econômicos. A partir do momento em que a Indústria amplia o nível de terceirização de suas etapas de produção e dos serviços auxiliares, além da expansão e modernização do comércio, aumentam a agregação de valores no terceiro setor da economia.

Percebe-se que de 2002 a 2008 o Setor Primário vem perdendo participação relativa a partir de 2004. Reflexos das dificuldades da atividade agrícola em anos recentes, como redução de preços ao produtor e perda de safras, devido a ocorrências de secas. A recuperação, mesmo que modesta, aparece em 2007 e 2008. Já o Setor Secundário passa por oscilações menores, principalmente pela dinâmica desse setor, que no período 2002/2008 cresceu a uma taxa média anual de 6,63% contra 3,90% da Agropecuária. Cenário Nacional Comparando a participação dos setores econômicos na formação do Produto Interno Bruto do Brasil e de Mato Grosso do Sul, o estudo mostra diferenças significativas na participação relativa dos Setores Primário e Secundário nas duas economias. No Setor Terciário as participações relativas estão mais próximas. As diferenças de pesos nos Setores Primário e

Secundário refletem a escala de dimensão maior já alcançada pelo parque industrial nacional, concentrado principalmente na Região Sudeste do Brasil. Por outro lado, o Setor Terciário conceitualmente tende a ter participação elevada, já que concentra um grande número de atividades, onde se insere o Comércio, todos os Serviços, inclusive os da Administração Pública nas três esferas – Federal, Estadual e Municipal.

Indústria puxa crescimento real Os resultados do cálculo do PIB/MS para 2008 mostram que a maior taxa de crescimento real da economia estadual ocorreu no Setor Secundário, representado pelas atividades da Indústriais, que obtiveram um desempenho real de 12,41% em relação ao ano anterior, onde a atividade da Indústria de Utilidade Pública apresenta o maior crescimento, com 15,31%, seguido da Indústria da Construção Civil com 12,66%, e pela Indústria de Transformação com uma taxa de 11,88%. O crescimento real é medido com preço fixado dos bens e serviços utilizando como base valores que se encontravam em vigor num dado período de referência, tirando-se desse cálculo o efeito da inflação. Os valores alcançados pelo desempenho do PIB-MS entre os anos de 2007 e 2008 ampliam de 1,06% para 1,09% a sua participação no PIB do Brasil e mantém em 11,90% seu peso no PIB da Região Centro-Oeste. A economia do Estado cresceu 6,4% em 2008, alcançando a oitava posição em crescimento no conjunto das 27 Unidades da Federação. Atualmente, segundo dados da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) – até setembro de 2010 – o Estado conta com cerca de 9,3 mil estabelecimentos industriais que geram 114 mil empregos diretos e formais. Os principais setores são minero-siderúrgico, alimentos e bebidas e construção civil, além da têxtil e vestuário e a considerada nova economia sucroalcooeleira, que possui 21 usinas em operação, e fábricas de celulose e papel, na região do Bolsão.

Para um balanço municipal, de acordo com a Fiems o PIB Industrial lidera a economia em 16 municípios do Estado (dados até setembro de 2010). Na primeira colocação está Campo Grande, com R$ 1,2 bilhão, em seguida vem Três Lagoas, com R$ 397,5 milhões e Dourados, na terceira posição, com R$ 346,5 milhões.